quinta-feira, janeiro 13, 2011

À margem das tragédias ambientais... nossos parlamentares deitam e rolam com seus novos salários

Breno Grisi

Ao tempo em que o povo brasileiro no sudeste (incluindo desprovidos e providos) afundam e morrem sob lama e escombros não devemos esquecer:

1) Salário anual dos parlamentares brasileiros (recentemente aumentado em 61,8% pelos próprios "cara-de-pau") : R$400.500,00 (dos espanhóis: R$84.000,00).

2) ìndice de percepção da corrupção (maior pontuação, menor corrupção) no Brasil: 3,7 (Espanha: 6,1).

3) IDH-Índice de Desenvolvimento Humano: Brasil: 0,699. Espanha: 0,854.

4) Entre 2010 e 2011 a Caixa Econômica Federal aplicará R$9,5 milhões em projetos que celebram Chico Buarque (isso mesmo, nosso querido compositor, cuja irmã que "sempre militou" é agora Ministra da Cultura). E a Caixa já tinha financiado o livro dele "Essa História Será Diferente" com R$ 919.000,00. Ai meu Deus! E eu sonho com R$15.000,00 para publicar meu livro GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS, de 380 páginas e contendo informações que até ajudariam muitas autoridades a entender o "porque das tragédias no sudeste"!!!

Ah meus amigos. A história é longa e perversa. Para mim, tais tragédias são apenas resultados do que se planta! As mortes beiram os 350 e os prejuízos materiais, morais e traumas psicológicos com as mortes de parentes e amigos são imensuráveis!

P.S. Desculpe-me a chatice. Veja abaixo o que o meu referido GLOSSÁRIO (= meu "sonho de gasto", para publicação; e não "sonho de consumo") diz sobre DESASTRES:

DESASTRE (“DESASTRE NATURAL” e “DESASTRE ECOLÓGICO”)

Bastante discutível o uso das expressões “desastre natural” e “desastre ecológico”. Geralmente não temos dúvida quando nos referimos à palavra “desastre” como sinônimo de “calamidade, infortúnio, algo ruinoso (acarretando ruína, perda ou destruição) e que causa sofrimento e prejuízo material”. O termo “desastre natural”, quando utilizado para definir eventos naturais com consequências de grande impacto sobre o ambiente onde o ser humano habita, embora de uso corrente, gera entre muitos ecólogos, uma inaceitação. A maioria dos fenômenos da Natureza (terremotos, vendavais, tufões, ciclones, erupções vulcânicas...) são reações que sempre ocorreram e provavelmente ocorrerão. O fato de que boa parte das consequências sofridas pelos seres humanos seja catastrófica, advém mais da maneira como vivemos; como por exemplo, com adensamento populacional em habitações inapropriadas para conviver com tais eventos naturais, grande proximidade de habitações e atividades humanas ao alcance das ações do mar, dos vulcões etc. Algumas de tais consequências são catastróficas graças (provavelmente) à contribuição humana, como por exemplo, os tufões e ciclones ganham mais força à medida que vão encontrando águas oceânicas mais quentes devido ao aquecimento global.

O termo “desastre ecológico”, por sua vez, também gera controvérsia, principalmente quando aplicado, por exemplo, a eventos que acontecem com frequência em alguns ecossistemas, como o fogo no cerrado e a seca na caatinga. Tais eventos podem exercer pressão seletiva, sendo registrado no processo evolutivo. E talvez por isso não devesse ser chamado de “desastre”. Alguns acidentes, por suas repercussões negativas, são classificados simplesmente como “desastres”, como alguns referenciados neste glossário, como os de Bhopal, Chernobyl e o “Dust Bowl”, todos provenientes de atividades humanas inconsequentes ou irresponsáveis. Talvez fosse melhor denominá-los de catástrofes antrópicas. Da mesma maneira, quando o ser humano constrói suas habitações em locais suscetíveis a deslizamentos/escorregamentos, o termo mais apropriado quando da ocorrência desse evento seria “catástrofe antrópica”. in GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS)
Ai seu tivesse sido colega militante da Ministra Anna Holanda!!!

Um comentário:

Unknown disse...

OS DESIGUAIS.

Vivemos em um “Estado” anômalo onde as políticas sociais não são constituídas, mas sazonais e direcionadas, quando são, a grupos de “currais eleitoreiros” para atenderem a interesses políticos... ...servem apenas aqueles que gravitam os cofres públicos...

Surrealisticamente parte significativa da sociedade independe e desconhece o Estado como Governo constituído, pois sobrevivem à margem dos direitos constitucionais!...

Os Silvestres (*), as Marias e seus Bacuris:

- não moram, habitam;

- não se alimentam, minimizam a fome;

- não se deslocam, migram;

- não são consultados, são benzidos;

- não tomam medicamento, bebem chá;

- não usam linimento, usam “ventosas” (*);

- não procriam, multiplicam;

- não “constam”, pois não são contados;

- que Deus os tenha, porque não têm deus!... !... ! ...

- não são “Silvas” porque não são iguais.

- não são “iguais” nem na morte, pois começam a ser consumidos pelos “vermes” ainda em vida!...







(*) Procedimento rudimentar constituído de um copo com álcool em chamas, que, ao ser emborcado sobre a região dolorida é abafado, fazendo com que a chama restante queime o ar formando vácuo ao mesmo tempo em que suga a pele para dentro e, supostamente, leni a dor...