Celso Japiassu
Mario Monicelli é um dos maiores autores do cinema italiano em sua melhor época. Deixa obras-primas do quilate de Os Companheiros, O Incrivel Exército Brancaleone e suas sequências, Meus Caros Amigos, Parente é Serpente, Os Eternos Desconhecidos. Dirigiu 68 filmes e escreveu 106. Todos merecedores de qualquer cinemateca.
Com a morte dos seus grandes diretores – Fellini, Visconti, Bolognini, De Sica, Pasolini e, agora, Monicelli – o cinema italiano fica órfão, práticamente moribundo, incapaz de competir com a produção de outros países da Europa e, principalmente, com a enxurrada americana.
Nesta segunda-feira, 29 de novembro, o Mestre levantou-se da cama do quarto do Hospital San Juan, em Roma, dirigiu-se à janela e atirou-se do quinto andar. Tinha 95 anos. Não teve paciência de esperar que o câncer o vencesse e resolveu ele próprio encerrar o assunto.
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