Flagrante de um tesoureiro do PT preparando o caixa 2, ou seria um dossiê, ou quem sabe, um factóide? Cartas à Redação.
4 comentários:
Delmar Fontoura
disse...
O Espantalho.
Tenho tentado ser útil em vão, não me ouvem. Gritar pouco adianta, enfraqueceram minhas cordas vocais, que só conseguem murmurar muito baixinho para uma multidão que não reverbera minha voz já enrouquecida... Prenderam meus braços para que não apontasse e minhas pernas para que não andasse; encheram-me de palha e puseram-me esses “rotos trapos” para que aparentasse o que sou... ...um espantalho...
Mas esqueceram de uma coisa: não me tiraram o coração, a lógica e a razão através dos quais eu vejo, eu ouço e consigo me comunicar com a verdade...
Nos últimos tempos tenho estado apreensivo com o que vejo: corvos invadiram o milharal e, mancomunados com ratos, saqueiam-lhe, indiferentes à minha presença e isto me dói muito, pois me sinto imprestável e incapaz de lhes dar um pontapé no traseiro...
Não posso bater panela; não posso assobiar; não posso soltar rojão; não posso pintar a cara... ...que inútil estou me sentindo, que droga!... ...Mas Povo é assim mesmo... ...Oh! Perdão, eu quis dizer que espantalho é assim mesmo!...
Cansado de observar só o milharal espichei minha turva visão até mais adiante e constatei que na casa grande, onde tem uma rampa, se preparam para uma festa... ...Percebo uma correria que me assusta um pouco. De tempos em tempos o patrão vem para o milharal com algumas pessoas e ficam murmurando sobre coisas estranhas que não consigo ligar “coisa” com “coisa”... – Precisamos que fulano faça isso, que beltrano faça aquilo para que aqueles sicranos nos ajudem colocar – não entendi bem quem, num determinado lugar...
– Precisamos vencer – Não entendi bem quando disseram vencer, mas vencer o que...
– Se não vencermos descobrirão “tudo”... ...Mas não consigo entender o que é esse “tudo”!...
Estou muito assustado... ...que inútil estou me sentindo, que droga!... ...Mas Povo é assim mesmo... ...Oh! Perdão, outra vez, mas que cacoete... ...eu quis dizer que espantalho é assim mesmo!...
do Dia e o Tempo... Manhãs tristes... ...despetalam-se as rosas; Tardes que machucam... ...dos espinhos que sobrarem; Prelúdio de noites piores... ...cactos cairão sobre pétalas; Virão depois as madrugadas... ...dos vasos que se quebrarem!...
. Lula, não há fuga para teu passado... . O teu passado?... ...ora O teu passado são partes... São partes do teu presente!... . Pedaços da tua carne, Pedaços da tua alma, Pedaços do teu caráter!... . Se eles estão cotigo Tu te acrescentas, Não te divides!... . Rejeitar pedaços de ti... Que estão ai contigo, É como rejeitar teu todo!... . Mesmo nas lembranças, Que sobrarem de ti, Ainda serás presente, Pedaços do teu passado!... . Lula! Não fujas... . . J. P. Fontoura.
Primeiro, parabéns para Delmar Fontoura, sempre brilhante em suas participações.
Segundo, a charge pode estar mostrando também o preparo para um ratazanal assalto aos cofres públicos, coisa que a companheirada faz com maestria, além de falta de vergonha e na maior sem-cerimônia.
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O Espantalho.
Tenho tentado ser útil em vão, não me ouvem. Gritar pouco adianta, enfraqueceram minhas cordas vocais, que só conseguem murmurar muito baixinho para uma multidão que não reverbera minha voz já enrouquecida... Prenderam meus braços para que não apontasse e minhas pernas para que não andasse; encheram-me de palha e puseram-me esses “rotos trapos” para que aparentasse o que sou... ...um espantalho...
Mas esqueceram de uma coisa: não me tiraram o coração, a lógica e a razão através dos quais eu vejo, eu ouço e consigo me comunicar com a verdade...
Nos últimos tempos tenho estado apreensivo com o que vejo: corvos invadiram o milharal e, mancomunados com ratos, saqueiam-lhe, indiferentes à minha presença e isto me dói muito, pois me sinto imprestável e incapaz de lhes dar um pontapé no traseiro...
Não posso bater panela; não posso assobiar; não posso soltar rojão; não posso pintar a cara... ...que inútil estou me sentindo, que droga!... ...Mas Povo é assim mesmo... ...Oh! Perdão, eu quis dizer que espantalho é assim mesmo!...
Cansado de observar só o milharal espichei minha turva visão até mais adiante e constatei que na casa grande, onde tem uma rampa, se preparam para uma festa... ...Percebo uma correria que me assusta um pouco. De tempos em tempos o patrão vem para o milharal com algumas pessoas e ficam murmurando sobre coisas estranhas que não consigo ligar “coisa” com “coisa”...
– Precisamos que fulano faça isso, que beltrano faça aquilo para que aqueles sicranos nos ajudem colocar – não entendi bem quem, num determinado lugar...
– Precisamos vencer – Não entendi bem quando disseram vencer, mas vencer o que...
– Se não vencermos descobrirão “tudo”... ...Mas não consigo entender o que é esse “tudo”!...
Estou muito assustado... ...que inútil estou me sentindo, que droga!... ...Mas Povo é assim mesmo... ...Oh! Perdão, outra vez, mas que cacoete... ...eu quis dizer que espantalho é assim mesmo!...
do Dia e o Tempo...
Manhãs tristes... ...despetalam-se as rosas;
Tardes que machucam... ...dos espinhos que sobrarem;
Prelúdio de noites piores... ...cactos cairão sobre pétalas;
Virão depois as madrugadas... ...dos vasos que se quebrarem!...
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Lula, não há fuga para teu passado...
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O teu passado?... ...ora
O teu passado são partes...
São partes do teu presente!...
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Pedaços da tua carne,
Pedaços da tua alma,
Pedaços do teu caráter!...
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Se eles estão cotigo
Tu te acrescentas,
Não te divides!...
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Rejeitar pedaços de ti...
Que estão ai contigo,
É como rejeitar teu todo!...
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Mesmo nas lembranças,
Que sobrarem de ti,
Ainda serás presente,
Pedaços do teu passado!...
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Lula! Não fujas...
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J. P. Fontoura.
Primeiro, parabéns para Delmar Fontoura, sempre brilhante em suas participações.
Segundo, a charge pode estar mostrando também o preparo para um ratazanal assalto aos cofres públicos, coisa que a companheirada faz com maestria, além de falta de vergonha e na maior sem-cerimônia.
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