Fábia Lívia
“Vejo a luz atravessando pelas janelas: raioszinhos de sol cruzando espaços, iluminando minha vida, aquecendo minha pele e meu coração”.
Vou para a janela pra ver o mundo do lado de fora dela: os campos estão floridos e os animais têm um aspecto tão tranqüilo! É verão e tudo parece sorrindo.
Passa o tempo como se não passasse: os pinheiros mostram um verde que parece eterno. Mas a floresta ganha um colorido contrastante que somente se inibe com a típica névoa de outono que vêm surgindo da vegetação e vai se elevando devagarinho para sumir no céu.
Passa o tempo e eu o observo das janelas transparentes: céu de azul intenso e sem nenhuma nuvem! ou azul como pano de fundo para nuvens algumas vezes leves e brancas, outras vezes pesadas que se tornam escuras pronunciando as tempestades.
Fico ali observando como elas passam...e passam assim como tudo na vida também passa.
Não tarda muito e vejo o vento levando consigo as cores das colinas, desnudando as árvores. E eu ali, diante das janelas, fico observando o tempo, pensando na vida e desnudando minha alma.
O inverno chega. As nuvens se desmancham em floquinhos de neve que caem bem devagarinho e tão suavemente que mais parecem penas de passarinho!
Uma outra paisagem surge no cenário, através das janelas. A sempre existente paisagem, como se fosse intocável, dorme protegida e submersa na brancura da neve... Dorme a Floresta Negra e eu sonho com ela! Meu sonho é azul e belo como o céu estrelado que eu vivenciei nas noites passando dentro dela!
Dorme a Floresta para acordar num outro sonho: o da primavera. Primavera que se acorda à luz dos raiozinhos de sol, que desperta a natureza para viver um outro cenário com outro colorido e com uma nova esperança, mostrando pra gente que quem espera sempre alcança.
Aqui eu gravei com a luz do sol, pequenos tesouros que descobri, olhando para o seu jardim, através das janelas enquanto esperava por ti.
Ah...
A vida tem coisas tão belas! Eu penso que são para nos aliviar da dor e da crueldade que fazem parte dela.
2 comentários:
Pois esses, Fábia Livia, são:
Nossos Caminhos.
Nossas vidas entrelaçam-se de caminhos: os bifurcados, os tortuosos, as subidas, as descidas, os avanços, os retrocessos; todos com armadilhas, umas que armamos outras que nos armam...
Durante nossas caminhadas enfrentamos: aragens, ventos e ciclones; garoas, chuvas e temporais; vulcões, terremotos, maremotos e tsunamis, que atravessaremos ou serão nossas últimas paradas.
Essas são as regras, de uma cartilha, que não nos foi dado o direito de rejeitá-las, pois nos colocaram compulsoriamente sem que tivéssemos opinado se queríamos ou não estar “aqui”... ...encontramo-nos na condição de amar ou odiar, entre os quais existe uma gama imensurável de sentimentos, que constituem as essências de nossas condutas.
O “saber” e a “compreensão” talvez sejam os únicos caminhos até o “prazer” em nossas jornadas... ...não sei se “pleno”... ...fora isso só a “amargura”... ...mas eu não sou uma pessoa amarga!...
"Pedaços" de Luz...
Era um fim das tardes de outono... Os raios do sol penetravam pela janela e incidiam sobre os cristais multifacetados de uma cristaleira, criando um áureo efeito de tons sobre o vermelho alaranjado, refletidos nas paredes da varanda.
Postar um comentário