quarta-feira, dezembro 09, 2009

Se é por falta de adeus...

Hugo Caldas

Dizem as más línguas, mas eu duvido muito, que o Nosso Guia deu o prazo até 27 de janeiro do próximo ano para que o energúmeno deposto de Honduras pegue a reta e desocupe a Embaixada Brasileira em Tegucigalpa, (eu continuo a implicar com esse nome). Parece prato exótico em restaurante mais exótico ainda, "salta uma Tegucigalpa ao molho pardo, no capricho."

Dois dias depois deverá tomar posse da presidência de Honduras El señor Presidente Porfírio Lobo, recentemente eleito, contra tudo e todos. Aliás, por larga maioria. Os "estadistas do mercosul", Chavez, Lula, Amorim, Cristina Kirchner, Evo Morales, o Bispo-come-quieto Fernando Lugo, Tabaré Vázquez e mais um bando de camumbembes de somenos importância, continuam a não reconhecer o resultado democrático das eleições.

Zé-Laia está aboletado na embaixada desde final de setembro. Deposto e deportado para a Costa Rica, o espiroqueta retornou clandestinamente na calada da noite ao seu país sob o patrocínio de quem? Ele mesmo, Hugo Chávez, o Bufão caraqueño!

De acordo com a lorota contada pelo ministro Amorim ele, Zé-Laia, "Materializou-se nos jardins da embaixada", qual gênio recém-saído da lâmpada de Aladim. E "o governo brasileiro simplesmente não poderia tê-lo mandado embora" Poderia sim, ministro. Asilo se dá a quem está querendo sair do país. O caso aqui foi exatamente ao contrário, ele que estava fora do país queria era entrar. Parece filme do Gordo e o Magro. Elementar, meu caro ministro.

É óbvio que o Zé-Laia queria mais era um lugarzinho para instalar sua tenda política e de lá mexer no caldeirão da mais baixa politicalha com vistas a voltar ao poder.

A Dupla Dinâmica, Lula & Amorim pensava (na casa do meu avô tinha um burro que de tanto pensar, morreu) que Zé-Laia era politicamente competente e forte para aguentar o tranco. Hellás, o homem não tinha força nem para segurar uma galinha carijó. Deu no que deu. Não conseguiu impedir que o partido que o apoiava concorresse às eleições tidas e havidas por ele como fraudulentas.

O tempo vai passando e então vem aquela velha história de que às vésperas do naufrágio os ratos começam a abandonar o navio. Se quedo solito na Embaixada enquanto seus asseclas iam saindo sorrateiramente, um por um. Dos mais de 300 seguidores que evidentemente participaram da invasão ao prédio da Embaixada e lá se aquartelaram, restam apenas umas quinze pessoas abnegadas. E alguns gatos pingados.

Forçosamente, mais dia menos dia, o governo brasileiro terminará por reconhecer o novo governo Hondurenho a ser empossado em fins de janeiro. O Presidente Lobo subirá ao poder e no exato momento de dar adeus ao Zé-Laia, cuidará de arranjar uma boa mágica para resolver as agruras do homem do chapéu, que à essas alturas já negocia um novo exílio, dessa vez em El Salvador, no México ou na Nicarágua. Não estaria descartada a hipótese de uma providencial anistia absolvendo-o pelos crimes que resultaram em sua deposição, um deles a tentativa de se reeleger, o que a Constituição do país proíbe.

Espera-se que Zé-Laia seja em futuro breve apenas uma má lembrança, um pesadelo para os brasileiros de vergonha na cara que, fatalmente irão pagar a conta pela depredação a que foi submetida a Casa do Brasil em Tegucigalpa (argh)! Espera-se também que Lula, Amorim et caterva tenham aprendido a lição.

Mas aí já é querer demais!

P.S.
Acabo de ler notícia de última hora que merece ser incluida aqui: "O Brasil deu prazo até 27 de janeiro para Zé-laia sair da embaixada em Honduras" mas com os últimos eventos quem sabe, fica para 31 de fevereiro... ele vai ficando e todo lampeiro disse ontem à uma rádio:

- "Tenho aqui o meu violão, posso ficar mais dez anos, tocando viola de papo pro ar!"

É aí que mora o perigo!

hucaldas@gmail.com
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