HONDURASNOS!/LEMBRANDO O PERSONAGEM "PADILHA".

José Virgolino Alencar

Na fauna petista/lulista surge mais uma das várias espécies que vegetam na floresta da burrice. São os hondurasnos, ou seja, os asnos que adquiriram uma fixação pelo caso de Honduras, usando o espetáculo circense que o Brasil lá protagoniza para encobrir os escabrosos fatos que o governo "serial corruption" pratica internamente.

Em Honduras, o Brasil meteu-se numa enrascada ao dar acolhimento a Manoel Zelaya, sem definir a situação jurídica, dentro do direito internacional, do cidadão homiziado na embaixada brasileira. Não se sabe se o sujeito bigodudo é asilado, refugiado, abrigado, hospedado ou invasor mesmo.

Como ele tem crimes nas costas, a melhor definição é a de homiziado, escondido da justiça hondurenha.

Mas, pouco me interessa Zelaya, nem Honduras, republiqueta banana da América Central.

O que interessa a quem se interessa pelo Brasil é a situação interna, também de difícil definição.

A corruptolândia, a grampolândia, a mamatolândia, a vagabundolândia, todas são definições que cabem ao Brasil da atual suciolândia que assalta os cofres do tesouro nacional.

É um governo sem chefe de fato, entregue fatiadamente às várias correntes da tradicional safadeza da política brasileira, havendo para cada segmento um donatário, que faz o que bem quer, que afana descaradamente e sem pejo, em plena clarida do meio-dia. Inventaram a "transparência" da roubalheira.

O Mané, que devia estar mas nunca está sentado na cadeira de presidente, vive zanzando, voando literalmente no jatão oficial, como "voando" virtualmente acima das nuvens, distante da realidade, cujo enfrentamento lhe enfada, lhe cansa.

Há muita coisa a ser corrigida, muita coisa a ser feita, muita coisa a serdesvendada, volumosa corrupção a ser apurada, mas, para fugir de tudo isso, os hondurasnos giram o foco das discussões para a sem importância Honduras, objetivando esconder e encobrir as safanagens que praticam na máquina pública.

O cidadão que não se acanha em descompromissar-se com as responsabilidades públicas, faz questão de distanciar-se da gestão efetiva, deixando o país virar casa de Noca, cuidada por mãe Joana.

Essa conversa engrolada dos hondurasnos está abarrotando o saco de quem enxerga a realidade, avalia o estraçalho feito no Brasil e se envergonha da esculhambação que toma conta da nação.

Alguém precisa gritar nos ouvidos de Sua Excelência, nosso presidente, como faziam com o personagem Padilha do velho programa humorístico de Jô Soares: "Vai pra cadeira de presidente, Lula".

Mas, isso é querer demais!