Vem aí a Rio+20, a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, encontro marcado no Rio de Janeiro para meados de junho tendo como um dos objetivos trombetear a expansão do aquecimento global sobre a face da terra. Esse badalado fenômeno climático seria provocado, segundo a visão ambientalista politizada à esquerda, pela emissão do CO2, gás carbônico que, uma vez disseminado pela ação do homem, pode aumentar na atmosfera a retenção dos raios solares elevando a temperatura do planeta - o que significaria gerar furacões, tempestades, inundações e a degradação do meio ambiente. Para essa gente, uma seita incansável e sempre ativa na cata dos bilhões de dólares postos em leilão pelos governos ricos e organizações não-governamentais capitalistas (entre elas, as fundações Ford e Rockefellar), a Terra, sem o controle da ecologia talibã, se fundiria fatalmente com os nove círculos do Inferno traçado por Dante Alighieri na “Divina Comédia”, em especial o sétimo, aquele em que os pecadores são torrados em jatos de sangue escaldantes. Nada menos!
No último mês de março, se insurgindo contra o que chamam de “a grande farsa do aquecimento global”, cerca de cinqüenta cientistas internacionais de experiência comprovada, representantes de instituições científicas consagradas, enviaram uma carta aberta ao administrador da NASA, o honorável Charlie Bolden, solicitando que a Agência espacial americana se abstivesse de incluir observações não comprovadas em suas publicações, em especial as que se reportavam ao CO2 como causa principal das mudanças climáticas, de resto, no entendimento dos cientistas, uma falácia nunca comprovada e cuja divulgação só causava dano à NASA, aos seus funcionários e à reputação da própria ciência.
Por sua vez, em entrevista ao site UOL Ciência, o professor Luís Carlos Molion, meteorologista da Universidade de Alagoas e representante dos países da América do Sul na Comissão de Climatologia da Organização Meteorológica Mundial, navegando contra a onda ecologista e apoiado em dados concretos, declarou que não é o CO2 que comanda o clima global, mas, sim, o sol, que é a fonte principal de energia para todo sistema climático. Diz Molion: “Se eu pegar os oceanos, os pólos e mais a vegetação do planeta, isto soma a emissão de 200 bilhões de toneladas de carbono irradiadas por ano. O homem coloca no ar apenas seis bilhões, 3% do que muitos cientistas chamam de aquecimento global”. Atualmente, afirma, ao contrário do que se diz, o sol, em baixa atividade, está contribuindo para o resfriamento da terra e não para o seu aquecimento.
Mas a coisa não fica por ai. O cientista britânico Phil Jones - tido como ambientalista fervoroso e diretor da Universidade da Anglia Oriental, braço direito do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, órgão da ONU - revelou a um colega ter se amparado num “truque” para esconder de relatório enviado à Organização nada menos que “o real declínio da temperatura global”. (O fato, como se sabe, gerou em 2009 o rumoroso “Climagate”, escândalo que levou ao total descrédito a Cúpula de Copenhague, uma edição européia da atual Rio+20).
Já o Dr. Roy Spencer, outro membro da NASA, oferece uma explicação pertinente sobre o fato: os cientistas climáticos e Ongs ambientalistas de toda espécie descobriram um “problema” para angariar recursos bilionários. Para ele, a criminosa manipulação de dados científicos tornou-se uma prática corriqueira entre ambientalistas, tendo como objetivo “apontar o homem como responsável por um problema que pode não existir”. Faz sentido. Na vasta pauta da Rio+20 estão programadas discussões sobre o mercado de carbono, prestação de serviços ambientais, compensações por biodiversidade e mecanismos de redução de emissões por degradação da floresta. Como se vê, uma agenda marcada por interesses 100% econômicos.
E nós com isso?
Bem, vivemos momentos obscuros em que o governo Dilma vetou artigos fundamentais a sobrevivência do novo Código Florestal Brasileiro anteriormente aprovado pelo Congresso e marco regulatório para a ampliação do agronegócio e a respectiva expansão da riqueza nacional. Quer dizer, estamos nas mãos de uma gente visionária que não se importa em riscar fósforo num mar de gasolina. Ou, na imagem de Dante, levar ao Brasil, pela fome ecológica, ao sétimo círculo do Inferno.
Um horror!
2 comentários:
A discussão ou prós e contras o aquecimento global iria tomar espaço e tempo muito longos. Insisto em afirmar que hipóteses de mudanças climáticas cíclicas inevitáveis somadas às prováveis contribuições antrópicas evitáveis, o bom senso me leva a optar por limitar tais contribuições, adotando atitudes que não somente melhoram a atual qualidade de vida ambiental como a garantem para as gerações futuras (= responsabilidade social).
Quanto ao novo código florestal lastimo profundamente que muitas pessoas com boa formação cultural, da mesma maneira que os adeptos da política do agronegócio, negligenciem os resultados das investigações científicas sobre como aumentar produção sem causar degradações ambientais nem catástrofes. É curioso observar que uma pessoa respeite a opinião de um médico sobre certo aspecto da saúde, mas não dê a mínima importância a um resultado obtido por um cientista do meio ambiente, seja este ecólogo, geólogo, geógrafo...! Caso este muito parecido com o efeito da radiatividade: não dói!!!
Postei muitos esclarecimentos no "ecologiaemfoco" sobre o porque,cientificamente falando, das consequências nefastas de algumas modificações do código florestal. Aqui está um pequeno trecho de um deles:
1. A falsa dicotomia entre a preservação da vegetação natural e a produção agropecuária. (Luiz A Martinelli, Carlos A Joly, Carlos A Nobre, Gerd Sparovek)
Demonstramos que o Brasil já tem uma área desprovida de vegetação natural suficientemente grande para acomodar a expansão da produção agrícola. Demonstramos também que a maior expansão se dá nas áreas ocupadas pelas chamadas culturas de exportação: soja e cana-de-açúcar e não propriamente nas áreas ocupadas por arroz, feijão e mandioca, que são consumidos de forma direta pelo mercado nacional. Pelo contrário, a área colhida de arroz e feijão tem inclusive decrescido nas últimas décadas, enquanto a área colhida de mandioca encontra-se praticamente constante há quadro décadas. Os maiores entraves para a produção de alimentos no Brasil não se devem a restrições supostamente impostas pelo Código Florestal, mas, sim, à enorme desigualdade na distribuição de terras, à restrição de crédito agrícola ao agricultor que produz alimentos de consumo direto, à falta de assistência técnica que o ajude a aumentar a sua produtividade, à falta de investimentos em infraestrutura para armazenamento e escoamento da produção agrícola, a restrições de financiamento e priorização do desenvolvimento e tecnologia que permita um aumento expressivo na lotação de nossas pastagens.
Hugo,
Ao ver as tristes imagens temos que admitir que nenhum de nós tem o direito de "juntar" tanto dinheiro e bens materiais, quando uma parcela grande de criaturas não tem o mínimo para sobreviver... Muitos brigam pelo supérfluo, quando multidões vivem na mais absoluta miséria... Abraços. Márcia
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