segunda-feira, julho 29, 2013
Sacra via da competência
josémariaLealpaes
Desconheço o currículo do diretor da Via Sacra encenada na praia de Copacabana. Honrou a pátria, com competência. Criou e emplacou portentoso espetáculo cultural de massa ao ar livre. Aos olhos do mundo e do papa. Logo onde, no Rio de Janeiro, pista do desfile daquilo que no Brasil pairam como excelências: os bundaços das mulheres nas paias da Zona Sul, as chuteiras dos jogadores no Maracanã e o carnaval no Sambódromo. Em essência, a Via Sacra serviu de biombo capaz de ocultar a mediocridade nacional no gênero, cujo ápice é o “show do rei”, em dezembro. Os telespectadores de Berlim, Viena, Salzburg, Praga, Bruxelas, Estocolmo, Copenhagen e adjacências tomaram surpresa ante o nível do espetáculo: textos, luz, som, atores, segurança e suavidade cenográfica. Vivaldi, Bach - lindíssima cantata – e o mais celebrado Adagio, o de Albinoni, no lugar de Michel Teló, Zeca Pagodinho, Thiaguinho, Belo e outras biscas.
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